Ações | Projeto da ARCP aponta os impactos causados pela estiagem e geadas nas áreas em recuperação da APA do Guariroba

Publicado em 15 de Janeiro de 2022

O projeto de monitoramento e avaliação das áreas de restauração da Área de Proteção Ambiental (APA), realizado pela Associação de Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba) apontou que, em algumas áreas, será necessária uma nova intervenção devido aos impactos sofridos com uma grande estiagem, seguida de geadas que ocorreram no ano passado. O trabalho de monitoramento foi desenvolvido em parceria com a BioMap, empresa de consultoria ambiental, e teve duas etapas realizadas em 2021: a primeira, em agosto, após o período de estiagem e geada, e a segunda, em dezembro, período pós-chuva.

O corpo técnico do projeto foi composto por um engenheiro agrônomo da ARCP, um engenheiro ambiental e uma bióloga, ambos da empresa BioMap. A equipe visitou nove propriedades: fazendas Crescente, Flora, Guariroba, Isadora, Pastinho, Barra do Guariroba, Paraíso I, Dois irmãos e Velho Saltinho. Essas áreas receberam intervenção de restauração de Área de Preservação Permanente (APP) por parte da ARCP, com plantio de mudas, entre os anos de 2017,2018 e 2019.

Conforme o relatório final do projeto, as áreas afetadas pelos efeitos climáticos se apresentam em duas condições distintas de acordo com a data de plantio de mudas pela ARCP. No caso das áreas onde as mudas foram plantadas em 2017/2018, as condições estão boas, apesar da diminuição na altura de algumas espécies. Isso ocorre, segundo os técnicos, porque as mudas já se apresentavam em uma etapa avançada de crescimento, com mais condição de suportar danos.

Por outro lado, as mudas que foram plantadas nas áreas avaliadas em 2019, sofreram mais com os efeitos da estiagem e geadas, apresentando uma diminuição na altura. Caso ocorram efeitos climáticos atípicos, nos próximos anos, essas plantas estarão mais suscetíveis à mortandade. Outra constatação dos técnicos é que essas áreas também correm o risco de retornar as suas condições iniciais por causa do crescimento e avanço do capim exótico.

Segundo o presidente da ARCP Guariroba, Claudinei Menezes Pecois, os dados obtidos após as duas etapas do projeto revelaram a necessidade de novas intervenções nessas áreas que tiveram impacto causado pelo longo período de estiagem e as fortes geadas nas APPs. “Precisamos continuar a restauração dessas áreas. Apenas plantar mudas ou sementes é uma pequena parte de todo o processo. Para que as mudas tenham um desenvolvimento satisfatório, é necessário um conjunto de ações como: plantio na época correta, investir em manutenção e monitoramento e estudar novas tecnologias para minimizar os efeitos ambientais”, explica ele, lembrando que a associação sempre trabalha em parceria com instituições e órgãos públicos.

ARCP Guariroba

A ARCP foi criada em 10 de maio de 1996 e tem como foco a parceria com as instituições públicas e privadas em prol da recuperação de áreas degradadas da APA do Guariroba. Atualmente, a associação é um dos 16 participantes do Conselho Gestor da APA do Guariroba, um canal institucional da Prefeitura Municipal de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, tendo caráter deliberativo, propositivo e de acompanhamento das ações na Bacia do Guariroba.

Projeto da ARCP aponta os impactos causados pela estiagem e geadas nas áreas em recuperação da APA do Guariroba Associação de Restauração, Conservação e Preservação de produtores de água da Bacia do Guariroba.
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O projeto de monitoramento e avaliação das áreas de restauração da Área de Proteção Ambiental (APA), realizado pela Associação de Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba) apontou que, em algumas áreas, será necessária uma nova intervenção devido aos impactos sofridos com uma grande estiagem, seguida de geadas que ocorreram no ano passado. O trabalho de monitoramento foi desenvolvido em parceria com a BioMap, empresa de consultoria ambiental, e teve duas etapas realizadas em 2021: a primeira, em agosto, após o período de estiagem e geada, e a segunda, em dezembro, período pós-chuva.

O corpo técnico do projeto foi composto por um engenheiro agrônomo da ARCP, um engenheiro ambiental e uma bióloga, ambos da empresa BioMap. A equipe visitou nove propriedades: fazendas Crescente, Flora, Guariroba, Isadora, Pastinho, Barra do Guariroba, Paraíso I, Dois irmãos e Velho Saltinho. Essas áreas receberam intervenção de restauração de Área de Preservação Permanente (APP) por parte da ARCP, com plantio de mudas, entre os anos de 2017,2018 e 2019.

Conforme o relatório final do projeto, as áreas afetadas pelos efeitos climáticos se apresentam em duas condições distintas de acordo com a data de plantio de mudas pela ARCP. No caso das áreas onde as mudas foram plantadas em 2017/2018, as condições estão boas, apesar da diminuição na altura de algumas espécies. Isso ocorre, segundo os técnicos, porque as mudas já se apresentavam em uma etapa avançada de crescimento, com mais condição de suportar danos.

Por outro lado, as mudas que foram plantadas nas áreas avaliadas em 2019, sofreram mais com os efeitos da estiagem e geadas, apresentando uma diminuição na altura. Caso ocorram efeitos climáticos atípicos, nos próximos anos, essas plantas estarão mais suscetíveis à mortandade. Outra constatação dos técnicos é que essas áreas também correm o risco de retornar as suas condições iniciais por causa do crescimento e avanço do capim exótico.

Segundo o presidente da ARCP Guariroba, Claudinei Menezes Pecois, os dados obtidos após as duas etapas do projeto revelaram a necessidade de novas intervenções nessas áreas que tiveram impacto causado pelo longo período de estiagem e as fortes geadas nas APPs. “Precisamos continuar a restauração dessas áreas. Apenas plantar mudas ou sementes é uma pequena parte de todo o processo. Para que as mudas tenham um desenvolvimento satisfatório, é necessário um conjunto de ações como: plantio na época correta, investir em manutenção e monitoramento e estudar novas tecnologias para minimizar os efeitos ambientais”, explica ele, lembrando que a associação sempre trabalha em parceria com instituições e órgãos públicos.

ARCP Guariroba

A ARCP foi criada em 10 de maio de 1996 e tem como foco a parceria com as instituições públicas e privadas em prol da recuperação de áreas degradadas da APA do Guariroba. Atualmente, a associação é um dos 16 participantes do Conselho Gestor da APA do Guariroba, um canal institucional da Prefeitura Municipal de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul, tendo caráter deliberativo, propositivo e de acompanhamento das ações na Bacia do Guariroba.