Ações | Projeto da ARCP acelera a recuperação de áreas impactadas pelo clima com plantio de sementes de palmeiras do Cerrado

Publicado em 25 de Janeiro de 2022

A Associação de Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba) finalizou a primeira etapa do projeto de restauração através do plantio direto de sementes de palmeiras do Cerrado em propriedades rurais da Área de Proteção Ambiental (APA) do Guariroba. O objetivo do projeto é acelerar o processo de recuperação natural das áreas que sofreram impacto devido ao longo período de estiagem e geadas ocorridas no ano passado.

Esses impactos foram apontados pelo relatório final do projeto de monitoramento e avaliação das áreas de restauração da Área de Proteção Ambiental (APA), realizado pela ARCP Guariroba. O trabalho foi desenvolvido em parceria com a BioMap, empresa de consultoria ambiental, e concluiu que, em algumas áreas, seria necessária uma nova intervenção da associação para que não retornem as suas condições iniciais.

O projeto de enriquecimento dessas áreas afetadas pelo clima através da semeadura com espécies de palmeiras do Cerrado, como guariroba, bacuri e bocaiuva, foi dividido em duas etapas. Na primeira fase, já finalizada em janeiro deste ano, participaram do projeto oito propriedades rurais da APA: fazendas Crescente, Flora, Isadora, Crescente, Pastinho, Paraíso, Velho Saltinho e estância Dois Irmãos.

De acordo com o engenheiro agrônomo da ARCP Guariroba, Diego Araújo, as espécies escolhidas para esse projeto apresentam um grande potencial de resistência às mudanças climáticas e também às plantas invasoras. “Além disso, as palmeiras nativas do Cerrado são espécies atrativas para a avifauna, auxiliando no processo de restauração da fauna local”, explica ele.

As sementes utilizadas no projeto foram adquiridas na cidade de Itapuranga, em Goiás, onde há um grande número de produtores de guariroba. Na cidade, também são desenvolvidos alguns projetos semelhantes ao da ARCP Guariroba, que utilizam plantio direto de sementes como técnica de recuperação, aliada ao uso sustentável da palmeira guariroba como fonte de renda para famílias locais. Já a última parte das sementes necessárias ao projeto será doada por produtor local, que já se começa a fazer um trabalho em longo prazo de autossuficiência na produção de sementes de palmeiras do cerrado para a restauração da APA do Guariroba.

Segundo Diego, foi realizada a semeadura direta de 500 sementes por hectare, em espaçamento de 6x3 metros. “As sementes foram inseridas diretamente no solo e numa profundidade de acordo com o tamanho da semente, variando de 5 a 15 centímetros”, conclui ele.

Para o presidente da ARCP Guariroba, Claudinei Menezes Pecois, é necessário um trabalho constante de manutenção e monitoramento para que as mudas tenham um desenvolvimento satisfatório. “Apenas na primeira etapa das novas intervenções nas áreas impactadas pelo clima, 10.400 sementes de palmeiras foram semeadas diretamente em 24 hectares”, finaliza ele.

Projeto da ARCP acelera a recuperação de áreas impactadas pelo clima com plantio de sementes de palmeiras do Cerrado Associação de Restauração, Conservação e Preservação de produtores de água da Bacia do Guariroba.
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A Associação de Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba) finalizou a primeira etapa do projeto de restauração através do plantio direto de sementes de palmeiras do Cerrado em propriedades rurais da Área de Proteção Ambiental (APA) do Guariroba. O objetivo do projeto é acelerar o processo de recuperação natural das áreas que sofreram impacto devido ao longo período de estiagem e geadas ocorridas no ano passado.

Esses impactos foram apontados pelo relatório final do projeto de monitoramento e avaliação das áreas de restauração da Área de Proteção Ambiental (APA), realizado pela ARCP Guariroba. O trabalho foi desenvolvido em parceria com a BioMap, empresa de consultoria ambiental, e concluiu que, em algumas áreas, seria necessária uma nova intervenção da associação para que não retornem as suas condições iniciais.

O projeto de enriquecimento dessas áreas afetadas pelo clima através da semeadura com espécies de palmeiras do Cerrado, como guariroba, bacuri e bocaiuva, foi dividido em duas etapas. Na primeira fase, já finalizada em janeiro deste ano, participaram do projeto oito propriedades rurais da APA: fazendas Crescente, Flora, Isadora, Crescente, Pastinho, Paraíso, Velho Saltinho e estância Dois Irmãos.

De acordo com o engenheiro agrônomo da ARCP Guariroba, Diego Araújo, as espécies escolhidas para esse projeto apresentam um grande potencial de resistência às mudanças climáticas e também às plantas invasoras. “Além disso, as palmeiras nativas do Cerrado são espécies atrativas para a avifauna, auxiliando no processo de restauração da fauna local”, explica ele.

As sementes utilizadas no projeto foram adquiridas na cidade de Itapuranga, em Goiás, onde há um grande número de produtores de guariroba. Na cidade, também são desenvolvidos alguns projetos semelhantes ao da ARCP Guariroba, que utilizam plantio direto de sementes como técnica de recuperação, aliada ao uso sustentável da palmeira guariroba como fonte de renda para famílias locais. Já a última parte das sementes necessárias ao projeto será doada por produtor local, que já se começa a fazer um trabalho em longo prazo de autossuficiência na produção de sementes de palmeiras do cerrado para a restauração da APA do Guariroba.

Segundo Diego, foi realizada a semeadura direta de 500 sementes por hectare, em espaçamento de 6x3 metros. “As sementes foram inseridas diretamente no solo e numa profundidade de acordo com o tamanho da semente, variando de 5 a 15 centímetros”, conclui ele.

Para o presidente da ARCP Guariroba, Claudinei Menezes Pecois, é necessário um trabalho constante de manutenção e monitoramento para que as mudas tenham um desenvolvimento satisfatório. “Apenas na primeira etapa das novas intervenções nas áreas impactadas pelo clima, 10.400 sementes de palmeiras foram semeadas diretamente em 24 hectares”, finaliza ele.