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Campo Grande
02 de Maio de 2024.

Ações

Projeto de restauração ecológica da ARCP e WWF-Brasil recupera mata nativa e atrai animais para a APA

Em parceria com o WWF-Brasil, a Associação de Recuperação, Conservação e Preservação da Bacia do Guariroba (ARCP Guariroba) desenvolveu mais um projeto de restauração ecológica, agora de 15 hectares de Áreas de Preservação Permanentes (APPs) hídricas, e o fomento da rede de sementes na bacia hidrográfica do Córrego Guariroba. Com a recuperação dessas áreas, o número de animais na região vem aumentando.

O projeto socioambiental começou em outubro do ano passado, e já cumpriu todas as metas traçadas para o período, na recuperação das áreas da Bacia do Guariroba, que é responsável por 50% do abastecimento de água da população de Campo Grande, capital de Mato Grosso do Sul. O objetivo principal era recuperar a vegetação nativa de 15 hectares dentro de APPs, a partir do plantio direto de 834 mudas por hectare, complementadas, na mesma linha, por sementes de nove espécies nativas da região.

O engenheiro agrônomo da ARCP, Diego Araújo, explica que a técnica utilizada na recuperação de áreas degradadas foi o plantio direto de mudas, aliado a técnica de semeadura, sempre utilizando espécies nativas do cerrado. “O espaçamento foi 3x4m, sendo que na linha de quatro metros entre as plantas, foram semeadas três sementes de cada espécie, neste caso, barú, jatobá, guariroba e bocaiúva, entre outras”, ressalta ele.

De acordo com Diego, por ser uma Área de Proteção Ambiental (APA), já havia a presença considerável de animais silvestres na região, porém esse número vem crescendo. “Com a restauração das áreas, aumentou porque com o plantio e semeadura de espécies frutíferas, os animais vêm se alimentar desses frutos e acaba ocorrendo também a dispersão das sementes”, conclui o engenheiro agrônomo.

Outro benefício com o projeto, especificamente a semeadura, é o fortalecimento da cadeia produtiva de sementes e mudas na sub-bacia do Rio Pardo, onde dentro da unidade de conservação da Bacia do Guariroba estão inseridas cinco sub-bacias: Guariroba, Saltinho, Rondinha, Tocos e Reservatório.

Para o presidente da ARCP, Claudinei Menezes Pecois, o projeto promoveu a adoção de novas metodologias de plantio e semeadura aplicadas nos 15 hectares previstos de recuperação na Bacia do Guariroba, e também, uma maior interação dos produtores. “Os produtores rurais estão mais conscientes da real necessidade da restauração de suas APP’s, tanto na parte ambiental quanto na econômica”, avalia Claudinei.

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